Pela
vida é que vamos: caminhos cruzados, calcorreados, escolhidos ou apenas
sonhados. Somos o que fazemos, também somos o que pensamos e somos mesmo quando
paramos.
Pelos
caminhos do ser vamos construindo mundos, cruzando saberes e sabores e
dissabores; vidas que se tocam e seguem separadas, divergentes, ou vidas
coladas, saboreadas a dois, a três, a muitos.
Sonhar
que fazemos já é fazer. Fazer pela vida, sem livro de instruções, andando e
descobrindo…
Saber
de experiências feito ou saber de pensamentos criados. Pensar é fazer nos
interstícios do ar. Sonhar é fazer em caminhos de sentir. Etéreos. Aéreos.
Sentir
é apenas ser.
Fazer
pelo ser. Ser é sentir. Ir devagar até chegar ao fundo. É mesmo fazer pela vida,
a vivida e a sonhada. Somos o eu agora e o que ficou nos caminhos por andar.
Sou
a minha escolha consciente e sou a outra, as outras, aquelas que poderia ter
sido, mas foram ficando algures no passado e as suas marcas foram-me fazendo.
Eu sou todas elas!
Como
o poeta, seria bom dizer: Confesso que vivi, eu e todas as possibilidades de
mim, feitas ausências presentes. E as que virão…
Vou-me
fazendo pela vida e com a vida.