quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Fazer pela vida





Pela vida é que vamos: caminhos cruzados, calcorreados, escolhidos ou apenas sonhados. Somos o que fazemos, também somos o que pensamos e somos mesmo quando paramos.

Pelos caminhos do ser vamos construindo mundos, cruzando saberes e sabores e dissabores; vidas que se tocam e seguem separadas, divergentes, ou vidas coladas, saboreadas a dois, a três, a muitos.

Sonhar que fazemos já é fazer. Fazer pela vida, sem livro de instruções, andando e descobrindo…

Saber de experiências feito ou saber de pensamentos criados. Pensar é fazer nos interstícios do ar. Sonhar é fazer em caminhos de sentir. Etéreos. Aéreos.

Sentir é apenas ser.

Fazer pelo ser. Ser é sentir. Ir devagar até chegar ao fundo. É mesmo fazer pela vida, a vivida e a sonhada. Somos o eu agora e o que ficou nos caminhos por andar.

Sou a minha escolha consciente e sou a outra, as outras, aquelas que poderia ter sido, mas foram ficando algures no passado e as suas marcas foram-me fazendo. Eu sou todas elas!

Como o poeta, seria bom dizer: Confesso que vivi, eu e todas as possibilidades de mim, feitas ausências presentes. E as que virão…

Vou-me fazendo pela vida e com a vida.