quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sentidos consentidos


 
 
Golfadas de realidade

Despejadas

Na minha cabeça

Vindas por todos os sentidos

Atordoando

Os sentimentos sentidos,

Com sentidos…

Realidade ou ficção

Feia

Seja lá o que for!

Fujo a cavalo

Num sonho

Que me teletransporta

A um bem-ser

A um bem-estar

Impossivelmente

Reais,

Fora do tempo…

Um presente de tempo

Intenso

Um relógio sem tempo

Suspenso

Um sentir

Que o mundo

É de cores

Novas,

Sem nome.

E as palavras essenciais

Sentidas

A brotar do coração

Indizíveis

A boiarem

Num enorme lago de ternura.

Sonho novo

Indelével

Destrói

O que te impede

De seres construído,

Sentido,

Consentido…

Já sinto o coração

Da Terra

A bater dentro de ti

Em mim

Ânsia de bater asas

E inaugurar mundos!

 

2 comentários:

  1. Adorei amiga! O teletransporte do ser humano para um mundo que nos dê um bem estar diferente deste! Nem sempre possível...

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  2. Acabei de ler os teus 4 poemas de um trago: "Sentidos consentidos", "Vou apagar as estrelas", As nossas tardes são verdes" e "Maçã e canela", para já não vou repetir a leitura dos poemas, acho um pouco piroso da minha parte estar a esmiuçar poema a poema, e quando digo que os li de um trago,significa não falta de atenção ou respeito pela artista que tu és, sim artista, sem medo da palavra, do seu significado, li e fiquei a pairar estupefacto com a simplicidade das palavras e a sofisticação da tua sensibilidade, fiquei enebriado pelo trago de uma colheita genial. Talvez os volte a ler, para já quero ficar com este sabor para o resto do dia.

    J.J.

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