segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Insónia



Fragmentos de passado
em aparições,
problemas crescem
ampliados pela noite.
Amigos e inimigos
são visitas passageiras,
passado e futuro
coexistem,
criam bichinhos
de possibilidades.
Vivências
misturam-se
com ausências reais
para aumentarem
a confusão instalada.
E a vontade
a querer dormir!
E a festa dos convivas
ensurdecedora!
E os dias
a invadirem as noites
e os fantasmas
a povoarem
as sombras
do quarto...
E o querer dormir
a dizer basta!
E o arraial interior
cada vez mais animado!
E o querer
a tentar
seguir os caminhos
do silêncio,
da respiração.
Mas ainda não.
A insónia
é uma visita
nao convidada
que invade
a nossa casa
e se instala
como se a casa
fosse sua.
Que melga!
 
 

2 comentários:

  1. Muito bem conseguido este poema que descreve um estado que todos nós já passamos! Alusão da festa ensurdecedora, misturado com o querermos dormir e sermos visitados por um sem número de acontecimentos. Maldita insónia, vai-te embora!

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  2. Insónia é bicho negro que invade não só o nosso quarto mas também, os nossos neurónios.
    Devagarinho vai-se aninhando na nossa cama e pega a nossa almofada.
    Não se deixe abraçar. Solte os lençóis - ela não gosta de frio -. Ligue o rádio na música jazz - ela não gosta de barulho. Acenda as luzes - ela não gosta de claridade.
    E se com tudo isto não a afugentar, abrace o seu companheiro e.... relaxe.
    Uma noite feliz.

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