segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mãe-árvore


Esta árvore enorme, com uma longa história de  vida e com uma barriga aberta para vermos como é tão bonita por dentro como por fora, fez feitiço comigo. Encantou-me. Não posso ir ao Jardim da Estrela sem a visitar, é como uma amiga: não passamos por casa dela sem lhe falar. E esta amiga mora num sítio lindo, vou visitá-la muitas vezes.  Estão-lhe a nascer plantas na barriga: um pequeno mundo encerrado noutro maior. Que maravilha!
Não sei qual é o seu nome mas eu chamo-lhe Mãe-árvore... Claro que é uma mãe, avó, bisavó, n avó, está velhinha, está oca, mas continua bem firme e hirta!
Lá está ela, sempre muito orgulhosa da sua fértil gruta-barriga e com os seus ramos bem erguidos a glorificar a mãe-natureza que a foi tornando tão diferentemente bonita! Foi a sua diferença que me fez parar, voltar, guardar em foto, visitar, ficar encantada por a ver sempre tão bem enraízada e ao mesmo tempo com a cabeça nas nuvens! E não é paradoxo: é assim! Velhinha, mas curtida!
Tal como nós, também as árvores têm aparências tão diferentes! Como não há dois seres iguais, também não há mais nenhuma como esta! É esta diversidade que torna este mundo tão interessante!
Vivam as diferenças!



2 comentários:

  1. Bonita foto. Não é todos os dias que temos o privilégio de ver árvores como esta. Cheias de vida, de passado. A natureza é do melhor que há no mundo.

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  2. Sei que abraças esta árvore firme e hirta, cada vez que vais ao Jardim da Estrela.
    Muito bem escrito, muito poético mas já estou com ciúmes. Bj.

    J.J.

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