O outro lado de mim
Eu do avesso,
Aquela que olha assim,
Do espelho
Imagem de eu em mim
Que não reconheço.
Sou ela,
Ela é eu,
Quem é quem,
Quem começou…
Olho a ela
E ela a mim
Com atenção.
Eu sou eu
Ninguém és tu
Que situação!
Faz tudo o que eu faço
Ou sou eu que faço o que ela faz?
Estou aqui a vê-la
Mas não sou capaz
De em mim reconhecê-la.
Pisco-lhe o olho,
Ela pisca o dela ao mesmo tempo,
A dengosa!
E aí entendo, foi uma esparrela
Eu não sou ela.
Pisquei o direito
E ela, sem jeito,
Piscou o olho do mesmo lado.
Não me enganou
Porque piscou
Do lado errado.
A insolente,
A querer ser eu,
Eu logo vi
Que ela mente
Quando eu nasci
Aquela ali
Já era gente.
A desgraçada,
Bem que ela tenta
Me imitar
Mas coitada,
Bem pode tentar…
Sou bem mais nova,
Nunca podia
Ter aquele ar!
Uma perspectiva muito "sui generis" de olharmos para fora mas principalmente para dentro de nós, muita imaginação, mas principalmente muita sensibilidade à "flor da pele", o "verdadeiro artista" é o tal que consegue essa simbiose.
ResponderEliminarViva a Artista.
Beijinhos do J.J.
Já pensaste passar para o outro lado do espelho? O que pensará ela de ti? Quem será a desgraçada? a insolente? a dengosa? a imitadora? O espelho não devia ter janela - é pela janela que espreitamos no espelho. Um conselho de amiga: não lhe ligues, despreza-a! Tu és mto melhor que ela. Tu és a minha AMIGA. Bjs
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