domingo, 17 de novembro de 2013

Silêncio




Silêncio
raiz do pensamento,
essência primordial
da palavra.
Silêncio
que mata
ou salva.
Silêncio
é a voz
de uma alma magoada.
Silêncio
grandes espaços
parados
imóveis
sagrados.
Silêncio sepulcral
de todo o bem
de todo o mal.

Quantos silêncios
tenho em mim?
Quantos sofrimentos
sem som?
Quantas alegrias
guardadas?

Palavras
pedras lançadas
em silêncios desejados?
Ou palavras que salvam
de solidões silenciosas?
Silêncio é o tudo ou é o nada?
Uma escolha ou um carrasco?
Chiu!
O silêncio caiu.
 
 

2 comentários:

  1. Fico sem palavras perante este teu poema, adoro, adoro! Simplesmente um dos teus melhores! Essência primordial da palavra, sofrimentos sem som, silêncio sepulcral... Fantástico! Parabéns! ;)

    ResponderEliminar
  2. Silêncio sofrido o da noite fechado entre quatro paredes.
    No teu silêncio a tristeza de uma inquietude que não se sabe aquietar.
    No silêncio das tuas palavras o grito ecoado de Munch.
    Amiga, não te silencies,
    Gostei . Bjs

    ResponderEliminar