domingo, 20 de abril de 2014

Deambuladora



Resolvi andar na rua

sem destino, sem pensar,

pelo gozo de andar

e ver e ser

mais uma no meio de tanta gente!

Sentir o pulsar da cidade,

do ruído,

dos que tem pressa,

dos que nada vêem,

dos que são estátua

à espera do meu olhar,

dos que pedem nas esquinas do tempo,

dos que nem têm tempo para olhar

quanto mais para ver!

Vagueio

feita deambuladora

embrulhada em sentires

com um poema de amor

por todos os que vejo

a crescer-me na cabeça,

a sentir-me boazinha por dentro,

que ninguém vê!

Por fora

sou apenas uma turista

do acontecer

na cidade mais bonita do mundo:

a minha,

Lisboa!

2 comentários:

  1. Muito bonito e bem descrito este poema, em que sentes o pulsar da cidade que amas.

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  2. Sozinha na multidão?
    Não! O Poema acompanha-te.
    A cidade é egoísta. Não conhece os seus. É vaidosa. Só quer que a admirem.
    Ama esta cidade linda mas, pede-lhe moeda de troca.
    Gostei. Bjs

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