segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ofélia



“Ofelinha, minha linda, estou a chegar. Não caibo em mim de contente. E tu, minha queridinha, não me olhes com esses olhos de carneiro mal morto! Eu bem sei como ficas feliz com a chegada do teu mais que tudo, do teu queriduxo. Chega para lá, deixa-me passar. Estás a provocar-me, minha doida…

Trago-te o pitéu que tu mais gostas e não é por ser o dia dos namorados, tu mereces, hoje e sempre. Deves estar com fome, minha coisinha mais fofa. Mas ainda bem porque hoje preparei-te o teu jantar preferido, sua sortuda!

Fartei-me de palmilhar, o que eu sofri para aqui chegar, estava a ver que não ia chegar a tempo para poder passar um bocado contigo. Sento-me aqui ao teu lado, olho-te, vejo como te delicias a comer e sinto-me bem, sou um homem feliz…

Tu estás bonita, rapariga!

Tenho pena, mas vou ter de te deixar, a família espera-me. Até amanhã, minha beleza”.

E assim o Sr. Januário fechou a porta do pequeno curral e deixou a sua vaca Ofélia pensativa a terminar a sua refeição.



2 comentários:

  1. E eu a pensar que ele tinha feito um jantarinho condimentado com raticida e, ela ao comer, nem tinha tido tempo de dizer Ai!
    Mas está engraçado. A menina tb tem veia humorista. Bjs

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  2. O amor existe de diversas maneiras. Ele há gostos para tudo :D Viva ao amor!

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